Produto químico utilizado em cabine de desinfecção de cemitério pode causar problemas de saúde
foto: divulgação.
A cabine de desinfecção foi instalada no último dia 30 de abril no cemitério Nossa Senhora Aparecida, no Tarumã.
Ela pulveriza um produto químico, chamado “quaternário de amônia” nos funcionários da prefeitura, que trabalham com sepultamentos.
Deveria ser um reforço contra o coronavírus, mas está sendo apontado como um vilão para a saúde. O próprio dono da empresa Catur, Ulisses Queiroz, assumiu que utiliza o produto.
“ Nós utilizamos o quaternário de amônia porque é muito eficaz para a limpeza,” disse Ulisses na inauguração da cabine.
Mas para outros três especialistas no assunto, o químico industrial Jeandro Fonseca, o médico Jeferson Medeiros e o diretor de empresa de higienização, Paulo Moreno, o produto que é muito bom para a limpeza de ambientes, não poderia ser utilizado em pessoas porque causa de lesão na pele a problemas pulmonares.
Um dos funcionário ouvido pela reportagem, relatou ardência na pele, mas teve medo de dar entrevista por represália. Eles são orientados a passar pela cabine duas vezes por dia.
Até o encerramento da reportagem a prefeitura não falou que providencias vai tomar em relação a cabine.
A reportagem apurou que a cabine foi uma proposta apresentada na câmara de vereadores, que teve como autor o vereador François Matos. E que nesse projeto estava a indicação do produto a ser utilizado: hipoclorito de sódio, ou seja, agua sanitária. Porém, o produto químico utilizado foi alterado pela empresa.
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