24/01/2025

Ministério Público investiga uso do sistema de segurança pública para promoção política

         

Manaus, 24 de maio de 2024 – O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) abriu um inquérito para investigar o possível uso indevido do sistema de segurança pública para promoção política de integrantes dos poderes Executivo e Legislativo do estado. A investigação foi desencadeada por notícias na mídia e que indicam interferências políticas em operações policiais.

Entre os pontos de interesse está a renúncia da Delegada Joyce Coelho da titularidade da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), alegando interferências políticas. Além disso, a frequente presença da Deputada Estadual Débora Menezes em eventos e coletivas de imprensa da Polícia Civil, em um ano eleitoral, levantou suspeitas de uso da estrutura policial para promoção pessoal.

O Promotor de Justiça Armando Gurgel Maia, da 60ª Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública, está à frente do inquérito, que visa garantir que a segurança pública não seja utilizada como ferramenta de propaganda política. A investigação busca esclarecer as circunstâncias relatadas e tomar medidas para evitar abusos e assegurar a moralidade administrativa.

A Deputada Débora Menezes, em defesa, afirmou que sua participação nos eventos é uma demonstração de apoio às forças de segurança e nega qualquer intenção de se promover politicamente. Ela argumenta que suas ações visam exclusivamente colaborar com a melhoria da segurança pública no estado.

O delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Bruno Fraga, publicou um vídeo em seu perfil no Instagram neste domingo (19), desmentindo notícias veiculadas pela imprensa local sobre uma suposta “interferência política nas atividades da corporação”. Porém, conforme mostramos no portal, uma semana depois do ocorrido, Bruno Fraga se quer ouviu a delegada Joyce para compreender os fatos apontados por ela. “Ainda não tive a oportunidade de conversar com a doutora Joyce”, argumentou o delegado-geral.

Enquanto isso, a sociedade civil e entidades de direitos humanos manifestaram preocupação com as possíveis interferências políticas, destacando a importância de manter a imparcialidade e a integridade das operações policiais. O MP-AM assegura que o inquérito será conduzido de maneira transparente e que todas as denúncias serão rigorosamente apuradas.

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