24/01/2025

Novo julgamento é necessário, diz MP, após Sargento Salazar afirmar que vai contratar policiais expulsos

         

Antes mesmo de assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Manaus, o vereador mais votado de 2024, Sargento Salazar, se envolveu em nova polêmica. Durante um podcast, ele declarou que vai contratar cinco policiais expulsos da corporação por crimes graves, como tentativa de homicídio, para seu gabinete.

O caso desses policiais ganhou repercussão nacional em 2010, quando uma câmera de vigilância registrou um dos PMs atirando à queima-roupa no tórax de um adolescente de 14 anos durante uma abordagem. O jovem estava imóvel e não esboçava reação, mas mesmo assim o policial disparou.

Em 2010, os policiais foram inocentados pelo júri popular, mas o Ministério Público recorreu, e o caso ainda se encontra sob judice. “Ainda há necessidade de um novo julgamento”, explicou o promotor de Justiça do Tribunal do Júri, Flávio Silveira.

Embora não haja ilegalidade na nomeação de pessoas acusadas em processos criminais, como prevê o princípio da presunção de inocência, o promotor ressaltou a independência das instituições, lembrando que, administrativamente, os policiais permanecem expulsos da Polícia Militar.

A declaração do Sargento reacendeu o interesse do Ministério Público Estadual, que continua a questionar a ausência de um novo julgamento.

“O processo ainda não transitou em julgado, por isso os questionamentos sobre a decisão judicial continuam”, concluiu o promotor Flávio Silveira.

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