24/01/2025

PMs acusados de matar adolescente e forjar cena do crime começaram a ser julgados hoje

         

 

 

Uma vida interrompida aos 15 anos. Hering Oliveira, ou Hary como era conhecido, saiu de casa para jogar bola na Mini Vila Olímpica do Santo Antônio, ao lado da Câmara Municipal de Manaus, mas não voltou.

Segundo testemunhas e documentos do processo, era uma tarde como qualquer outra. Hary e os amigos se preparavam para jogar bola. Em determinado momento, a Polícia Militar recebeu uma denúncia informando sobre a presença de pessoas com armas e drogas na vila. Quando os policiais chegaram, abriram fogo contra um grupo de adolescentes. Um dos tiros atingiu Hary, que morreu na hora.

O tiro que atingiu as costas do adolescente saiu da arma do tenente Erivelton Hermes. O oficial alegou que tentou se defender, pois o adolescente estaria armado e teria atirado contra a guarnição. No entanto, o promotor Flávio Mota afirmou que o exame realizado nas mãos de Hary comprovou que ele não disparou arma alguma. Interceptações telefônicas, feitas com autorização da justiça, registraram o momento em que o tenente pediu um “cabrito”, uma arma com a numeração raspada. Outros três policiais também serão julgados por tentar dar apoio ao tenente, ajudando a forjar a cena do crime.

O caso ocorreu em 2018, mas para a mãe do menino, nunca será esquecido. Marlene Silva vê no início do julgamento nesta quarta-feira uma forma dolorida de fazer justiça pela morte do filho.

Ainda hoje, parentes e amigos de Hary se reúnem todas as tardes na Mini Vila Olímpica para jogar futebol. Uma imagem do adolescente foi pintada em uma parede para lembrar o caso chocante e que ainda carece de justiça.

 

 

Fonte: Fatos Marcantes

Foto: Divulgação

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