Grupo Rede Amazônica dá continuidade a plano de demissões em massa
O Grupo Rede Amazônica demitiu aproximadamente 20 profissionais só na última semana, nos cinco estados da Região Norte. Entre os demitidos, estão comunicadores que pertenciam a linha de frente da emissora como o jornalista esportivo de Manaus Eduardo Monteiro de Paula que tinha 43 anos de atividade, a repórter Laura Lis com 15 anos de serviços prestados, além de um time inteiro de repórteres cinematográficos e produtores com mais de 25 anos de experiência em reportagens nacionais e internacionais. Entre eles, Nonato Costa (repórter cinematográfico), Natanael Oliveira (repórter cinematográfico) , Walcira Maia (produtora), e Nilton Rui (chefe dos cinegrafistas).
As demissões, segundo apurou a reportagem, fazem parte de uma reformulação da emissora liderada pelo CEO do grupo, Phelippe Daou Júnior, que é filho de um dos fundadores, o jornalista Phelippe Daou, falecido em 14 de dezembro de 2016.
O autor do bordão: “Olá, salve, salve”, o jornalista Eduardo Monteiro de Paula, evita falar sobre o assunto, mas teria confessado a um amigo próximo que está sentindo uma dor semelhante a de uma separação matrimonial. “A vida é feita de desafios. Levo para o sempre uma vida cheia de histórias e conhecimentos. Fica sim uma saudade”, teria dito o jornalista a uma amigo que pediu sigilo.
Entre o time de repórteres cinematográficos, alguns se destacaram durante os anos, por participar de coberturas importantes ao lado de jornalistas conceituados da Rede Globo. Nonato Costa e Natanael Lima por exemplo, fizeram imagens que rodaram o mundo ao lado de repórteres do primeiro escalão da Globo sempre que estes vinham até a região para reportagens especiais, como Caco Barcelos, Francisco José, José Raimundo entre outros.
“Perde cada vez mais a identidade construída durante anos”, afirmou a dona de casa Maria Ferreira, telespectadora assídua da Rede Amazônica”.
Os cortes na lista de funcionários está longe de ter fim e tem deixado um clima de insegurança entre os colaboradores do Grupo. Jornalistas mais antigos que continuam em atividade, já começam a se preparar psicologicamente para possíveis mudanças.
Assim como nas demais empresas do ramo, a tendência é contratar profissionais jovens por salários em torno dos R$ 1.200,00. No caso do Grupo Rede Amazônica, que também forma profissionais por meio de uma fundação, a postura tem se confirmado ao longo dos últimos meses.
Pelo jeito, a crise nos veículos de comunicação é implacável. Mesmo em período de fim de ano, quando o espírito natalino deveria tocar o coração dos empresários.
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