Entre a riqueza e a pobreza: candidatos a prefeito nos municípios Amazonenses exibem abismo patrimonial
Os números revelam um contraste impressionante entre os candidatos que disputam a prefeitura nos diversos municípios do Amazonas nas eleições de 2024. Em um estado de proporções continentais, onde os desafios de governança variam tanto quanto a geografia, o patrimônio dos candidatos é igualmente diversificado, com alguns acumulando milhões enquanto outros não declaram nenhum bem.
No topo da lista está Augusto Ferraz, atual prefeito de Iranduba, na região metropolitana de Manaus. Ele foi eleito em 2020 e, desde então, viu seu patrimônio aumentar de R$ 6,8 milhões para R$ 8,3 milhões, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Grande parte desse montante, cerca de R$ 2 milhões, está investida em uma previdência privada. Ferraz, filiado ao União Brasil, já atuava como deputado antes de assumir a prefeitura, consolidando-se como um dos políticos mais abastados do estado.
Outro nome de destaque é Toco Santana, candidato a prefeito de Borba, que hoje possui R$ 6,8 milhões em patrimônio. Ele é apoiado por importantes figuras políticas, como o governador Wilson Lima e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Roberto Cidade. Entre seus bens declarados, há um prédio avaliado em R$ 400 mil, localizado no bairro São Geraldo, em Manaus.
Zezinho Eufrazio, candidato à reeleição em Amaturá, também viu seu patrimônio crescer consideravelmente nos últimos anos. De acordo com o TSE, ele possuía R$ 3,5 milhões em 2020, e agora detém R$ 6,1 milhões. Eufrazio, que é empresário e tem ensino médio completo, inclui entre seus bens um terreno avaliado em meio milhão de reais.
Marcos Lise, atual prefeito de Apuí, também apresenta uma evolução significativa em seu patrimônio. Ele declarou possuir R$ 2,7 milhões quando foi eleito em 2020, e agora seu patrimônio dobrou, alcançando R$ 5,4 milhões. Lise, que é pecuarista, reflete a realidade de muitos políticos que acumulam fortunas em áreas fora do cenário urbano.
Em Eirunepé, Francisco Ocimar, conhecido como Sule, se apresenta como um empresário de sucesso com um patrimônio de R$ 4 milhões, segundo o TSE. Sua trajetória lhe rendeu apoio político significativo, incluindo o ex-prefeito Alfredo Nascimento. Entre os bens de Sule, destaca-se uma casa avaliada em R$ 1,2 milhão.
Contrastando com esses perfis, alguns candidatos enfrentam uma realidade completamente diferente. Brena Dianná, candidata em Parintins pelo União Brasil, Adail Pinheiro, de Coari, e Gilberto Vasconcelos, do PSTU em Manaus, não declararam qualquer bem ao TSE, refletindo uma disparidade econômica significativa entre os que buscam o cargo de prefeito no Amazonas.
Esses números ressaltam a diversidade econômica entre os candidatos, evidenciando que o poder político no Amazonas é disputado tanto por milionários quanto por aqueles que, ao menos formalmente, não possuem bens significativos.
Nenhum comentário