Uma semana após entregar o cargo, delegada segue sem ser ouvida e com a vida profissional indefinida na PC
Uma semana após entregar o cargo de delegada titular de Proteção à Criança e ao Adolescente do Amazonas, Joyce Coelho segue sem uma definição oficial sobre sua situação funcional na Polícia Civil do Amazonas.
A delegada colocou o cargo à disposição momentos antes de uma coletiva, após informações confirmadas por ela, de que teria sofrido pressão de uma deputada estadual e até de colegas delegados com pretensões políticas. A intenção do grupo seria aparecer às custas das operações realizadas pela Depca. Após o anúncio da saída na semana passada, o delegado-geral Bruno Fraga foi às mídias sociais afirmar que não houve qualquer tipo de pressão ou interferência no trabalho da polícia.
“Não houve qualquer ingerência no trabalho investigativo da Delegacia da Criança e Adolescente, a Depca. Esses fatos são inverídicos. Isso não é verdade. Nós zelamos pela autonomia dos trabalhos investigativos”, destacou o delegado-geral.
Curiosamente, apesar dessa afirmação, o delegado-geral ainda não conversou com a delegada Joyce para compreender os motivos que a levaram a desistir da função.
“Eu ainda não tive a oportunidade de conversar com a delegada Joyce”, finalizou o delegado.
Ao ser questionado por jornalistas, o delegado-geral afirmou que não precisa haver nenhum comunicado oficial sobre a permanência ou não da delegada e que, por enquanto, ela permanece no cargo.
Joyce Coelho continua trabalhando normalmente e, nesta quarta-feira, até concedeu uma entrevista coletiva sobre o resultado de mais uma operação policial em Manaus. Contudo, ainda não se sabe até quando essa situação indefinida persistirá.
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