30/04/2024

PF investiga doleiro no Amazonas por movimentação ilegal de US$ 114 milhões de dólares

         

Manaus/AM. A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 12/12, a Operação Papel Carbono,
que investiga um suposto doleiro responsável por gerir um esquema de operações de câmbio
não autorizadas. Estas operações, conhecidas como “câmbio paralelo” (troca de moeda
estrangeira sem a devida documentação ou recolhimento de impostos) e “dólar-cabo”
(transferência de dinheiro para o exterior sem o conhecimento do Banco Central),
movimentaram ilegalmente a quantia estimada de US$ 114 milhões de dólares.
Foram mobilizados 30 policiais federais para o cumprimento de cinco mandados de busca e
apreensão e um de prisão preventiva nas cidades de Manaus/AM e São Paulo/SP. As ordens
judiciais também abrangem o sequestro e a indisponibilidade de bens do investigado,
totalizando R$ 428 milhões, e incluem a suspensão das operações da empresa envolvida e de
outras 38 correspondentes cambiais.
Sobre a investigação:
As investigações tiveram início após uma abordagem realizada por policiais federais em
novembro de 2019, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus/AM. Na ocasião,
o investigado tentou ocultar a quantia de R$ 150 mil em espécie em uma mala. O dinheiro estava
encoberto por revistas e papéis carbono, possivelmente como forma de esconder o conteúdo
quando submetido à inspeção por raio-X.
Durante a investigação, foi constatado que o investigado realizava operações de “câmbio
paralelo” e “dólar-cabo”, trocando moeda estrangeira fora dos canais oficiais e sem a
documentação necessária ou o recolhimento dos impostos devidos. Outro método utilizado era
a realização de operações de câmbio simuladas, em que a entrega de moeda estrangeira era
registrada em nome de pessoas falecidas ou de indivíduos que não residiam nas áreas de
atuação das casas de câmbio ou suas correspondentes, a fim de ocultar a verdadeira origem e o
real destino dos valores transacionados.
Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de gestão fraudulenta, falsa
identidade para realização de operação de câmbio, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A
soma das penas para os crimes identificados pode alcançar até 32 anos de reclusão.
Comunicação Social da Polícia Federal no Amazonas
E-mail: [email protected]

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