Ministros descartam intervenção federal devido às queimadas no Amazonas

Os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, e das Cidades, Waldez Góes, refutaram a ideia de que uma intervenção federal resolveria o problema das queimadas no Amazonas. O pedido partiu do ex-governador Carlos Almeida Filho, que busca filiação ao PT visando as eleições. Segundo Marina Silva, é fato que os estados brasileiros não se prepararam para os impactos das mudanças climáticas nos últimos 30 anos. No entanto, as ações para mitigar os efeitos hoje dependem da colaboração entre os estados, o governo federal e os municípios.

“A União trabalha com a possibilidade de maximizar a colaboração com os estados. Precisamos que o sistema seja fortalecido e internalizado na cultura dos estados e municípios. Assim, trabalharemos em parceria, como estamos fazendo aqui,” complementou a ministra. Veja vídeo:

Durante coletiva realizada nesta sexta-feira (13) em Brasília, os ministros e representantes de órgãos como o IBAMA e o ICMBio, entre outros, ressaltaram outras medidas para minimizar o problema na região Norte, como o envio de um novo pelotão de brigadistas e aeronaves ao Amazonas.

Desde o início do ano, o Amazonas registrou um alarmante número de focos de incêndio, totalizando 11.736 até setembro. O estado decretou emergência ambiental em setembro, e o governo estadual anunciou medidas para combater o desmatamento ilegal e as queimadas. No entanto, a população tem testemunhado um aumento exponencial desses incidentes desde então.

A qualidade do ar em Manaus atingiu níveis críticos, sendo classificada como a terceira pior do mundo em determinados momentos. A população tem enfrentado problemas respiratórios, como sangramentos nasais e irritações nos olhos, decorrentes da fumaça das queimadas.