Descarte de Lixo Hospitalar em Manaus: Audiência Pública Expõe Falha da SEMULSP

A audiência pública conduzida pelo deputado Sinésio Campos (PT) na Assembleia Legislativa do Amazonas revelou uma realidade alarmante no descarte de lixo hospitalar no lixão de Manaus. A reunião, um desdobramento de debates prévios sobre o futuro do lixão, apontou para a urgência de providências.

Duas empresas de coleta de lixo, a Norte Ambiental e a Manaus Limpa, assumiram a responsabilidade pelo tratamento do lixo hospitalar, alegando seguir todas as normas estabelecidas. No entanto, denunciaram práticas clandestinas em algumas clínicas, que despejam resíduos sem o devido tratamento, comprometendo a segurança ambiental.

Ambas as empresas também manifestaram preocupação com as elevadas taxas de uso da lixeira pública, chegando a R$ 0,38 por quilo de resíduo. Tal cenário estimula operações ilegais, representando um risco adicional ao meio ambiente.

O deputado Sinésio Campos expressou descontentamento pela ausência da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (SEMULSP) no evento, apesar do convite. “É lamentável que a principal interessada nesse debate não tenha comparecido, que é a SEMULSP. Recebemos denúncias graves que precisam ser apuradas”, declarou o parlamentar.

Ao fim da reunião, ficou acordado que visitas técnicas serão realizadas às empresas envolvidas e ao lixão de Manaus para inspeção, marcando o início de uma investigação mais detalhada.

Participaram da audiência representantes de órgãos ambientais, de saúde e de fiscalização, incluindo o Diretor-Presidente do IPAAM, Juliano Valente, o Secretário Executivo da Secretaria de Mineração, Petróleo e Gás, Oziel Mineiro, o Superintendente do IBAMA no Amazonas, Joel Araújo, o Procurador do Ministério Público de Contas Ruy Marcelo Mendonça, e outros. As empresas envolvidas também estiveram representadas, com a advogada Erika Regis pela Norte Ambiental e Valbert da Silva pela Manaus Limpa.