09/05/2025

Comércio no AM Têm o Triplo de Empregos e Arrecadam R$ 8,9 Bi, à Frente da Indústria

         

O Amazonas destaca-se por duas forças econômicas principais: o Polo Industrial de Manaus (PIM) e o setor de Comércio, Serviços e Turismo. Embora o PIM seja reconhecido por seu expressivo faturamento, é o setor de serviços que lidera na geração de empregos e arrecadação tributária no estado.

Empregos

De acordo com o “Painel da Economia” de janeiro de 2025, elaborado pela Fecomércio Amazonas, o setor de Comércio, Serviços e Turismo emprega mais de 380 mil trabalhadores formais, representando 70% dos postos de trabalho no estado. Em contraste, o PIM registrou, ao final de dezembro de 2024, 127.798 empregos diretos, incluindo efetivos, temporários e terceirizados . Isso evidencia que o setor de serviços emprega quase três vezes mais pessoas que o setor industrial.

Arrecadação de ICMS

No que tange à arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o setor de Comércio e Serviços também se destaca. Em 2024, esse setor contribuiu com R$ 8,93 bilhões, correspondendo a 57,5% da arrecadação total de ICMS do estado. Por outro lado, a indústria, incluindo o PIM, arrecadou R$ 6,60 bilhões, representando 42,5% do total. Esses dados reforçam a preponderância do setor de serviços na economia amazonense.

Faturamento

Embora o PIM tenha alcançado um faturamento de R$ 130,77 bilhões de janeiro a setembro de 2023 , esse montante não se traduz proporcionalmente em geração de empregos ou arrecadação tributária quando comparado ao setor de serviços. Isso pode ser atribuído à natureza das atividades industriais, que frequentemente demandam altos investimentos em tecnologia e automação, resultando em menor necessidade de mão de obra.

Análise Crítica

A disparidade entre os setores pode ser explicada por diversos fatores. O setor de serviços abrange uma ampla gama de atividades, desde comércio varejista até turismo, que tradicionalmente são intensivas em mão de obra. Além disso, essas atividades estão mais distribuídas geograficamente, atendendo tanto a capital quanto o interior do estado, o que amplia sua capacidade de geração de empregos.

Em contrapartida, o PIM, embora seja um pilar significativo da economia local em termos de faturamento e exportações, possui uma estrutura mais concentrada e automatizada, o que limita a criação de novos postos de trabalho em comparação ao setor de serviços.

Portanto, para um desenvolvimento econômico equilibrado, é crucial que políticas públicas considerem incentivos tanto para a expansão do setor industrial quanto para o fortalecimento do setor de serviços, garantindo assim a geração de empregos e a sustentabilidade econômica do Amazonas.

O economista Igo Viana, responsável pelo estudo, destaca: “A predominância do setor de serviços na geração de empregos e arrecadação no Amazonas reflete sua capilaridade e diversidade, abrangendo desde o pequeno comércio até grandes empresas.”

Para uma compreensão mais aprofundada sobre os fatores que contribuem para essa dinâmica econômica e as perspectivas futuras, assista à entrevista completa com o economista Igo Viana no portal Fatos Marcantes.

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