29/04/2024

Amazonas tem mais bolsa família do que empregados, aponta estudo. Lista contém 13 estados em situação semelhante

         

Nos 13 de 27 estados da federação, o número de indivíduos beneficiados pelo programa Bolsa Família supera a quantidade de empregados com vínculo empregatício, excluindo-se o setor público. Antes da pandemia, esse cenário era observado em 8 estados, aumentando para 10 em 2020, 12 em 2022 com a introdução do Auxílio Brasil, e agora 13 em 2023, uma tendência que se mantém em 2024.

O Amazonas ocupa a 7ª posição nessa lista, contando com pouco mais de 647 mil beneficiários do programa em comparação com 521 mil empregados com carteira assinada. O estado do Maranhão se destaca por ter a relação mais pronunciada de dependência do benefício, com 641 mil empregos formais e 1,2 milhão de famílias maranhenses recebendo o Bolsa Família, representando uma proporção de 2 beneficiários para cada empregado com carteira assinada. Já Santa Catarina apresenta a menor proporção, com 10 trabalhadores no mercado formal para cada beneficiário do Bolsa Família. No entanto, houve uma queda geral nessa proporção no último ano, com 25 estados registrando redução no número de beneficiários em relação aos trabalhadores com carteira assinada.

Quanto ao aumento dos benefícios, em janeiro de 2020, antes do início da pandemia, o Brasil contava com 39,6 milhões de trabalhadores formais e 13,2 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Esse número subiu para 14,5 milhões em dezembro de 2021, quando o mercado de trabalho já estava parcialmente recuperado da crise sanitária. No ano eleitoral de 2022, o governo Bolsonaro ampliou esse número para 21,6 milhões, incluindo pelo menos 3 milhões dos 7 milhões de novos beneficiários nos três meses que antecederam as eleições.

Diante do debate entre economistas sobre os potenciais efeitos negativos de um aumento substancial nos benefícios sociais sobre o mercado de trabalho, os dados recentes apresentados por Marcelo Neri, diretor da FGV Social, sugerem que os aumentos no programa Bolsa Família têm contribuído para dinamizar a economia. Essa perspectiva ressalta a importância de políticas sociais robustas que não apenas garantam a proteção social, mas também impulsionem o crescimento econômico ao estimular o consumo e promover a inclusão financeira de parcelas da população em situação de vulnerabilidade. Assim, é fundamental considerar não apenas os possíveis impactos adversos, mas também os benefícios potenciais de políticas de transferência de renda na construção de uma sociedade mais equitativa e próspera.

Veja lista completa.

Fonte: Poder 360

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