03/05/2024

Assina tio: Após três dias de espera, idoso será sepultado neste sábado

         

Foto: Luis César Silva – O Globo

Após permanecer por três dias no Instituto Médico-Legal (IML), o corpo de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, será finalmente sepultado hoje no Cemitério de Campo Grande, situado na Zona Oeste. A morte do idoso foi confirmada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na última terça-feira, dentro de uma agência bancária, para onde ele foi levado por sua sobrinha, Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, supostamente para auxiliá-lo a obter um empréstimo de R$ 17 mil.

Paulo Roberto, solteiro e sem filhos, teve seu sepultamento solicitado à prefeitura por um parente apenas ontem. O pedido foi assinado por uma irmã de Érika, que atualmente se encontra detida sob acusações de violação de cadáver e furto mediante fraude.

A polícia, até o momento, não conseguiu estabelecer um perfil completo do idoso, uma vez que não realizou buscas em sua residência nem encontrou qualquer conhecido ou parente além de Érika e sua irmã. O delegado Fábio Souza, responsável pela 34ª Delegacia de Polícia (Bangu), afirma que não há dúvidas de que Paulo Roberto já estava morto quando chegou ao banco, sendo empurrado por Érika em uma cadeira de rodas.

De acordo com o laudo de exame de necropsia do IML, Paulo Roberto faleceu entre 11h30 e 14h30 da última terça-feira. O perito ressaltou que não há evidências suficientes para determinar se a morte ocorreu dentro ou fora da agência bancária, ou se o corpo foi levado para o local já sem vida. A análise também indicou que o idoso estava previamente doente, necessitando de cuidados especiais.

Paulo Roberto, que residia em condições precárias em uma favela de Bangu, vivia em um ambiente insalubre, com um colchão improvisado sobre caixotes de madeira e um piso de terra batida em um cômodo de aproximadamente quatro metros quadrados, desprovido de janelas e com ventilação precária. A trágica história revela as dificuldades enfrentadas por muitos idosos que vivem em situações vulneráveis e a necessidade de uma maior atenção e assistência social a essa parcela da população.

Fonte: O Globo

Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *