20/04/2025

Lula classifica tarifaço de Trump como “briga pessoal com a China”

         

Declaração do presidente foi dada nesta quarta-feira (9/4), após participação na 9ª Celac, em Honduras. Lula também defendeu “reciprocidade” às tarifas anunciadas por Trump

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “briga pessoal com a China” o ‘tarifaço’ anunciado pelo chefe da Casa Branca, Donald Trump, aos produtos importados do país oriental. Nesta quarta-feira (9/4), Trump dobrou a aposta e aumentou para 125% a tributação sobre os produtos chineses importados pelo EUA.

“Não sabemos o efeito devastador disso (‘tarifaço’ de Trump), inclusive na economia norte-americana. Ninguém pode dizer que vai ser bom, que vai ser ruim, porque é preciso saber quanto vai custar isso do ponto de vista dos preços dos produtos e da relação multilateral. Me parece que está ficando cada vez mais visível de que é briga pessoal com a China”, afirmou Lula, em entrevista a jornalistas.

A declaração do petista ocorreu após a  participação dele na abertura da 9ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta quarta, em Honduras. Lula afirmou ainda que o ‘tarifaço’ de Trump age de encontro com o multilaterialismo.

“Querer fazer negociação pessoal (entre Trump e a China) é querer colocar fim ao multilateralismo. E o multilateralismo é importante para a tranquilidade que o mundo precisa”, disse. Em relação às medidas de Trump sobre importações brasileiras, Lula falou em reciprocidade e buscar os direitos na Organização Mundial do Comércio (OMC). “Tudo o que fizer conosco haverá reciprocidade”.

Celac

Na Celac, Lula afirmou não haver vencedores em uma guerra tarifária, e que a América Latina e o Caribe precisam se unir contra a nova política externa dos Estados Unidos, chefiada pelo presidente Donald Trump.

Em discurso, o presidente também defendeu a unidade da região, aumento do comércio interno e a solução pacífica de conflitos, e pediu que a Celac indique uma mulher para o cargo de secretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A possibilidade de uma mulher ser indicada para cargo secretária-geral da ONU foi comentada por Lula. “Eu acho que vai dar certo porque as mulheres estão ocupando espaço cada vez melhor, as mulheres estão provando que muitas vezes tem mais competência do que o homem”, pontuou.

Paz na Região

Lula também disse que a América Latina e o Caribe devem continuar sem conflitos armados. “Não queremos guerra nem genocídio. Precisamos de paz, desenvolvimento e livre comércio. Manter a América Latina e Caribe como zona de paz significa trabalhar para que o uso da força não se sobreponha à resolução pacífica de conflitos”, enfatizou.

A maior tensão ocorre atualmente entre Venezuela e Guiana, que disputam a região de Essequibo, atualmente da Guiana. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que não participou da Cúpula, chegou a ameaçar uma invasão militar. “Não podemos nos omitir em face ao embargo a Cuba, das sanções quanto à Venezuela, e do caos social no Haiti”, disse Lula.

Fonte: Correio Braziliense

Foto: Evaristo Sá  

Nenhum comentário

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Você não pode copiar conteúdo desta página

    Fatos Marcantes
    Visão Geral de Privacidade

    Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.