Polêmica Salarial Incendeia Câmara de Manaus na Semana Final do Ano
A última semana antes do recesso parlamentar começou com debates acalorados na Câmara Municipal de Manaus. Nesta segunda-feira (9), o projeto de lei que prevê o aumento dos salários de vereadores gerou intensas trocas de acusações entre os parlamentares.
A proposta eleva os vencimentos dos vereadores de R$ 18.991 para R$ 26.608. Durante o debate, o vereador Sassá da Construção (PT) desafiou os parlamentares contrários ao aumento a abrirem mão de seus salários. A declaração foi rebatida pelo vereador Rodrigo Guedes (Progressistas), que reiterou sua posição contrária à medida e questionou a postura de Sassá.
O clima de tensão também envolveu o presidente da Casa, Caio André, que demonstrou descontentamento com a repercussão negativa da proposta. Ele criticou a imprensa, atribuindo a ela parte da responsabilidade pelas críticas à votação, que inclui reajustes para vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais.
Durante a sessão, Caio André também chamou a atenção de vereadores da base do prefeito, acusando-os de falhas na condução de um requerimento que cobrava explicações da Prefeitura sobre o custeio da iluminação pública. Segundo ele, os parlamentares “dormiram no ponto”.
As críticas de Caio provocaram reações dos vereadores Joelson Silva e Eduardo Alfaia, ambos do Avante, que questionaram a postura do presidente em plenário.
Especialistas apontam que, apesar de ser apenas a primeira discussão, alterações significativas nos projetos são improváveis. No caso dos vereadores, os salários seguem uma norma da Lei Orgânica do Município, que estabelece que seus vencimentos equivalem a 75% do salário dos deputados estaduais.
Os projetos foram aprovados em primeira discussão e devem retornar ao plenário para a segunda e última votação até quarta-feira (11).
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