Manaus fica fora da Copa do Mundo Feminina de 2027 e ausência expõe fragilidade política na CBF
A decisão da FIFA de excluir Manaus da lista de cidades-sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 gerou forte repercussão no Amazonas. Apesar de contar com a Arena da Amazônia, palco de partidas da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, a capital amazonense ficou de fora do torneio internacional, cuja organização é liderada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O episódio levanta questionamentos sobre a real influência do estado na cúpula do futebol nacional, mesmo com a presença do deputado estadual Ednailson Rozenha (PMB) como presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF) e, desde março deste ano, vice-presidente da própria CBF. Eleito com apoio unânime das 27 federações estaduais e clubes das Séries A e B, Rozenha havia prometido maior protagonismo à região Norte, mas a exclusão de Manaus do evento evidencia os limites dessa representatividade.
As cidades escolhidas para sediar os jogos são: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza — todas localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A FIFA informou que critérios técnicos como infraestrutura esportiva, capacidade hoteleira e logística foram determinantes na seleção.
Durante o lançamento do projeto “Arte Pela Cidade”, o prefeito David Almeida lamentou publicamente a exclusão e defendeu a inclusão da região Norte em grandes eventos como forma de promover o desenvolvimento regional. Ele ressaltou os investimentos feitos na Arena da Amazônia e criticou a centralização das decisões no eixo Sul-Sudeste.
A ausência de Manaus na Copa de 2027 reforça o desafio de garantir maior articulação e peso político para o Amazonas no cenário esportivo nacional. A competição ocorrerá entre 24 de junho e 25 de julho, e o Brasil, como país-sede, já está classificado para o torneio.
Fonte: Fatos Marcantes
Foto: Divulgação
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