Manaus deve decretar emergência devido à seca antecipada

O prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou a intenção de decretar situação de emergência na capital nos próximos dias devido à antecipação em quase dois meses de uma nova seca histórica. “Estamos tomando todas as medidas necessárias para socorrer as comunidades afetadas e garantir o acesso a recursos do governo federal. Por isso, em até duas semanas devemos decretar situação de emergência”, afirmou o prefeito.
Nesta segunda-feira, a prefeitura definiu as comunidades que servirão como bases para o enfrentamento da estiagem. Em várias áreas rurais ao redor de Manaus, a seca chegou mais cedo do que o esperado e, segundo a Defesa Civil, pode atingir o ápice dois meses antes do previsto.
A rápida queda no nível dos rios transformou o que costumava ser uma vasta extensão de água em um estreito córrego, onde poucas embarcações se arriscam a navegar. O Rio Negro, que banha a capital, está atualmente mais de três metros mais baixo do que no mesmo período do ano passado, atingindo 21 metros.
A seca revela situações inusitadas. Na comunidade Livramento, uma ponte de ferro, construída para ligar duas localidades, tornou-se desnecessária nesta época do ano, já que o igarapé que passava por baixo dela secou completamente.
As famílias da zona rural de Manaus já sentem os impactos da seca. Rosenilda Cassiano, moradora da região, enfrenta dificuldades para buscar água e alimentos. “É difícil. A gente tem que andar muito para conseguir água e comida”, lamenta.
A previsão é pessimista para Rosenilda e outras 5 mil famílias. A seca, que já foi recorde em 2023, pode ser superada com dois meses de antecedência, segundo a Defesa Civil. O poder público municipal está se desdobrando para atender 40 comunidades. Em algumas, como a Livramento, foi montada uma base para atender a região do Tarumã-Mirim.
Fonte: Fatos Marcantes
Foto: Fabio Melo
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