“Manaus” brilha no basquete nacional, mas mídia local continua cega ao esporte

Em um país onde o futebol domina as manchetes, o talento de outros esportes muitas vezes passa despercebido. Esse é o caso de Carlos Victor Farias Paiva, mais conhecido como “Manaus”, que está despontando no cenário do basquete nacional, mas que, infelizmente, não recebe a devida atenção da grande mídia local.

Nascido e criado em Manaus, o jovem ala de 22 anos tem se destacado no LDPG/Ponta Grossa, mostrando sua paixão e habilidade com a bola laranja. Desde cedo, influenciado por seu pai, Gleidson Paiva, que sempre jogou basquete, Manaus se envolveu no esporte e logo se destacou nas competições escolares e universitárias da capital amazonense. Esse talento chamou a atenção do time catarinense Concórdia, que o recrutou aos 16 anos para concluir sua formação no basquete.

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Após três anos em Concórdia e mais três no Blumenau, também de Santa Catarina, Manaus foi convidado a participar da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB) de 2024. E ele não decepcionou. Em 10 partidas, o manauara registrou médias impressionantes de 15,2 pontos, 10,4 rebotes e 18,8 de eficiência, conduzindo sua equipe à Série Prata da competição.

O destaque de Manaus não para por aí. Em um jogo contra a Unifacisa, ele alcançou a 9ª maior eficiência já registrada na LDB, com uma atuação histórica que incluiu 26 pontos, 15 rebotes e cinco assistências. Além disso, foi decisivo em várias partidas, demonstrando a mesma garra e determinação que fizeram de Olivinha, uma lenda do NBB, sua inspiração.

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Apesar de suas conquistas e do potencial que demonstra, Manaus enfrenta um obstáculo significativo: a falta de visibilidade. Enquanto o futebol recebe cobertura exaustiva, com cada movimento dos jogadores amplamente divulgado, talentos como o de Manaus são deixados à margem, sem o reconhecimento merecido. A grande mídia local, que deveria valorizar e promover esses talentos emergentes, prefere continuar concentrando seus holofotes no futebol, ignorando o impacto que atletas como Manaus poderiam ter na promoção do esporte no Amazonas.

Enquanto o jovem segue conquistando seu espaço no basquete, com convites para jogar em equipes como o Basket Osasco, seus sonhos vão além das quadras. Ele almeja vencer o NBB e se tornar MVP das finais, sonhos que, para serem plenamente realizados, precisam do apoio não só dos fãs, mas também de uma mídia que se disponha a olhar além do futebol.

A história de Manaus é um lembrete de que há muito mais a ser explorado no esporte brasileiro. É hora de dar voz a esses talentos e garantir que eles recebam o reconhecimento e o apoio que merecem. Afinal, o que seria do esporte sem a diversidade de histórias e paixões que o compõem? Para Manaus, o caminho já está traçado, e ele seguirá levando o nome de sua cidade com orgulho, independentemente do apoio que receber. Mas a pergunta que fica é: até quando a mídia vai ignorar esses talentos em favor do futebol?