Derrota de indicado à DPU envolve até entrega da Caixa ao Centrão

Oposição comemorou e senadores bolsonaristas anunciaram ter sido um recado contra Flávio Dino para o STF; Planalto não acredita nessa versão
O governo segue tentando entender a derrota imposta ao Palácio do Planalto na quarta-feira (25/10) na votação da indicação de Igor Albuquerque Roque para a chefia da Defensoria Pública da União (DPU), no Senado. Entre as razões apontadas, além do envio de alguns recados para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros, está a dor de cotovelo dos senadores em ver a Caixa ser toda entregue ao Centrão da Câmara.
Entre os governistas, há o entendimento de que se Lula esperasse um dia para demitir Rita Serrano do comando do banco, o nome de Roque teria alcançado na quarta os 41 votos necessários para ter seu nome aprovado para o cargo. A seu favor, foram atingidos apenas 35 votos, e 38 votos contrários.
Roque acompanhava a votação do fundo do plenário, cercado por alguns assessores do Palácio. Com o correr da sessão, parlamentares do PT identificaram uma mobilização para não conduzi-lo ao comando da Defensoria. Só os votos dos bolsonaristas não seriam suficientes para se atingir esse propósito. A ausência de aliados de Lula no plenário, somada a um movimento de um grupo silencioso que desejava o tal recado para o Planalto, foi a razão da derrota.
Não compareceram para votar, por exemplo, Jader Barbalho (MDB-PA) e Professora Dorinha Seabra (União-TO), que é vice-líder do governo.
Outros fatores foram colocados no balanço do governo. Igor era um nome fraco para um cargo de desinteresse dos políticos.
“Quem briga, afinal, para defender pobre, que é o que faz a DPU?”, disse um senador governista, que pediu anonimato.
Mas não interessava a dimensão do cargo nem o peso do indicado. Era o governo o derrotado da noite, numa indicação assinada e enviada por Lula.
Recado dado
Senadores da oposição, como Carlos Portinho (PL-RJ), foram para as redes dizer que a derrota era um recado para Lula e que a possível indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) correrá riscos.
Mas não interessava a dimensão do cargo nem o peso do indicado. Era o governo o derrotado da noite, numa indicação assinada e enviada por Lula.
Recado dado
Senadores da oposição, como Carlos Portinho (PL-RJ), foram para as redes dizer que a derrota era um recado para Lula e que a possível indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) correrá riscos.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Pedro França
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