Ataque israelense interrompe transmissão ao vivo da TV estatal do Irã

A sede da emissora estatal do Irã, IRIB, foi atingida por um bombardeio israelense na manhã desta segunda-feira (16), enquanto realizava uma transmissão ao vivo. O ataque ocorreu em meio à escalada do conflito entre os dois países e interrompeu abruptamente a programação do canal, cujas imagens mostraram fumaça e estilhaços invadindo o estúdio. Repórteres e apresentadores abandonaram o local às pressas.
Segundo a agência Associated Press, a transmissão foi retomada cerca de 30 minutos depois, de outro estúdio, sem que a emissora mencionasse o ataque diretamente. O governo israelense ainda não confirmou oficialmente o alvo, mas veículos como Axios e Reuters afirmam que o ataque fez parte de uma ofensiva mais ampla contra alvos estratégicos e militares em território iraniano.
O episódio é mais um marco na intensificação do confronto iniciado na última semana, após uma troca de mísseis entre os dois países. Autoridades iranianas reportam mais de 200 mortos desde o início da ofensiva, enquanto Israel contabiliza pelo menos 24 vítimas em seu território.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, havia declarado anteriormente que a atual operação visa atingir “infraestruturas militares, de comando e controle e de propaganda do regime iraniano”. Fontes ligadas à segurança em Teerã disseram que outros prédios do governo também foram danificados nos ataques aéreos mais recentes.
Imagens do momento em que uma apresentadora abandona o estúdio da IRIB viralizaram nas redes sociais e ganharam repercussão internacional, reforçando o impacto simbólico do ataque. Veículos como Huffington Post e Times of India destacaram que a ofensiva também representa um golpe à estrutura de comunicação do governo iraniano, que vinha sendo usada para mobilização interna durante o conflito.
Até o momento, não há confirmação oficial sobre vítimas no ataque à TV estatal. A escalada de tensão tem mobilizado a comunidade internacional, com os Estados Unidos e países europeus apelando por contenção e o retorno à mesa de negociações.
Fonte: Fatos Marcantes
Foto: Divulgação
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