29/05/2025

Nova política do MEC para EaD afeta 2 mil acadêmicos da UFAM; UEA diz que não será impactada

         

 

Na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), cerca de 2 mil acadêmicos serão diretamente afetados pelas mudanças. Já a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) afirma que, neste primeiro momento, não será impactada pelas novas regras.

O decreto estabelece que cursos como Medicina, Direito, Enfermagem, Odontologia e Psicologia não poderão mais ser ofertados a distância, exigindo integralmente o formato presencial. Além disso, licenciaturas — como as ofertadas pela UFAM — passam a ter limitações e só poderão funcionar no modelo semipresencial, com exigência mínima de atividades presenciais.

Segundo João Victor, coordenador do Centro de Educação a Distância da UFAM, será necessário reestruturar os projetos pedagógicos para atender às novas exigências.

“A maior parte dos nossos cursos EaD são licenciaturas. Agora, com o novo decreto, elas não podem mais ser ofertadas 100% a distância. Teremos que adequar as estruturas curriculares para atender ao percentual mínimo presencial”, explicou.

Ele também informou que, diante da nova regulamentação e das incertezas operacionais, a universidade decidiu adiar a abertura de mais de mil vagas previstas para o segundo semestre de 2025. As novas turmas só devem começar em 2026. O decreto prevê um prazo de dois anos para adaptação completa das instituições. Acadêmicos que colarão grau antes disso não terão prejuízo quanto à validade do diploma.

Por outro lado, a Universidade do Estado do Amazonas afirmou, por meio de nota, que os cursos chamados especiais, ofertados principalmente no interior, não se caracterizam como EaD.

“As aulas são ministradas por um professor em estúdio, em Manaus, com transmissão para os municípios, onde outro professor acompanha presencialmente. O aluno não fica sem assistência presencial de docente”, diz o comunicado.

Com isso, a UEA entende que seu modelo, mediado por tecnologia, não se enquadra nas novas restrições impostas pelo MEC.

Ainda assim, especialistas indicam que a definição atualizada de EaD — que agora inclui atividades síncronas mediadas por tecnologia — pode, futuramente, reclassificar parte dos cursos nesse formato. A mudança busca elevar a qualidade da oferta educacional, mas representa um desafio para regiões como o Amazonas, onde a EaD tem papel essencial na interiorização do ensino superior.

 

Fonte: Fatos Marcantes   

Foto: Divulgação

 

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