Secretária Shádia Fraxe se posiciona sobre polêmica envolvendo uso da imagem institucional na Semsa

Durante a cerimônia de integração dos novos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizada nesta terça-feira (25/3) na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a secretária Shádia Fraxe comentou a repercussão negativa em torno da portaria que disciplina o uso da imagem institucional da pasta por servidores municipais.

Diante do prefeito David Almeida e dos novos profissionais da rede, a secretária esclareceu que a medida não busca censurar os trabalhadores, mas sim garantir segurança, ética e responsabilidade na divulgação de conteúdos ligados à rotina das unidades de saúde.

“Jamais proibimos os servidores de se expressarem ou registrarem momentos do seu dia a dia. Sabemos que muitos passam mais tempo nas unidades do que em casa, e há situações que são louváveis. Mas existem limites que precisam ser respeitados”, afirmou Shádia.

A secretária citou um episódio específico para exemplificar os riscos do uso inadequado da imagem institucional. Segundo ela, uma servidora de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) gravou um vídeo com várias gestantes, afirmando que elas teriam “uma tarde maravilhosa” porque a UBS estaria fechada para atendê-las exclusivamente.

“A primeira informação já era incorreta: nenhuma unidade pode fechar para atender apenas um grupo, em detrimento de outros pacientes. Isso causa desinformação”, explicou.

Mais grave foi a exposição indevida de uma das gestantes. De acordo com Shádia, a paciente em questão estava sob medida protetiva judicial por ser vítima de exploração sexual. Com o vídeo divulgado nas redes sociais, seu nome e rosto foram expostos, o que resultou em um processo contra a secretária.

“Essa mulher estava sob medida protetiva. Ela teve seu nome e rosto espalhados na internet. Foi um erro que gerou consequências jurídicas sérias para mim e, principalmente, um dano irreversível para essa paciente”, disse.

Shádia também informou que a portaria foi embasada em um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), que identificou a existência de mais de 140 perfis vinculados a unidades como UBSs, divulgando ações oficiais como se fossem canais da própria Semsa.

“A comunicação institucional precisa ser coordenada e responsável. Não se trata de impedir, mas de orientar e proteger tanto os servidores quanto os usuários do sistema de saúde”, concluiu a secretária.

Fonte: Fatos Marcantes

Foto: Divulgação  

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