Confusão e Debates Marcam Discussão sobre Gestão do Hospital 28 de Agosto na ALE-AM
A última semana de atividades na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) começou com tensão e debates intensos sobre o novo modelo de gestão do Hospital 28 de Agosto, o maior hospital público do estado. Antes da sessão ordinária, representantes dos trabalhadores da saúde interromperam um evento de entrega de brinquedos no saguão da ALE-AM para confrontar deputados estaduais.
O protesto gerou tumulto, e a intervenção da Polícia Legislativa foi necessária para conter os ânimos exaltados. Um dos policiais chegou a declarar: “Aqui não é a casa da mãe Joana”, enquanto tentava dispersar os manifestantes.
Já durante a sessão, os deputados estaduais se dividiram entre apoiar ou criticar o modelo de gestão por Organizações Sociais (OS) proposto para o hospital. Wilker Barreto (PMN) expressou ceticismo sobre as informações apresentadas, destacando dúvidas quanto à eficiência da medida. Por outro lado, Ednailson Rozenha (PMB), aliado do governo, defendeu mudanças diante da precariedade do cenário atual.
O deputado Daniel Almeida também se posicionou, afirmando que o problema central está na gestão e citando casos em que modelos de OS falharam em outros estados.
Na defesa do governo, foram apresentados dados indicando que a administração atual do 28 de Agosto custa cerca de R$ 41 milhões por mês, enquanto a gestão por OS reduziria esse valor para R$ 31 milhões. Com isso, a economia anual seria superior a R$ 100 milhões.
Diante das divergências, os parlamentares participaram de uma reunião reservada com dirigentes da Organização Social e representantes da Procuradoria-Geral do Estado na sala da presidência. A imprensa não teve acesso à discussão, e os detalhes permanecem sob sigilo.
O tema segue gerando polêmica e deve ser debatido novamente nas próximas sessões.
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