Amazonenses Esquecidos: DNIT Deixa Pontes da BR-319 em Colapso por Dois Anos
No próximo dia 10 de outubro, encerra-se o prazo para a conclusão das obras das duas pontes que desabaram na BR-319, no Amazonas, em 2022. No entanto, após dois anos, as estruturas permanecem inacabadas, e a promessa de entrega continua sem ser cumprida.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Amazonas, Orlando Fanaia Machado, afirmou recentemente que a culpa do atraso é da construtora responsável e que, agora, “as providências serão tomadas para que as pontes finalmente sejam entregues.” As estruturas, orçadas em R$ 43 milhões, são essenciais para a trafegabilidade da rodovia, mas o cenário de abandono e lentidão nas obras tem afetado diretamente caminhoneiros e moradores da região.
Desde o desabamento das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim, nos quilômetros 23 e 24, que ocorreu entre setembro e outubro de 2022 e resultou em cinco mortes, pouco progresso foi feito. Na época, o então diretor do DNIT, Luciano Moreira, havia garantido que a obra seria entregue em cerca de um ano, mas a realidade se mostrou diferente.
“Dois anos se passaram, e praticamente nada mudou. É inadmissível que as obras, de tamanha importância para o estado, tenham sido deixadas de lado por tanto tempo,” comentou João Batista, caminhoneiro que aguardava na fila para travessia. Muitos motoristas relatam atrasos frequentes e dificuldades logísticas, contrariando a versão do superintendente do DNIT, que afirmou que a travessia nunca foi interrompida.
A expectativa é que, após a quebra do contrato com a empresa anterior e a contratação de uma nova, as obras sejam retomadas com mais celeridade. Contudo, para a população local, a sensação é de abandono e desleixo com os problemas que afetam diretamente a economia e o dia a dia de quem depende da BR-319.
Fotos: Eric Cezne/Divulgação
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